FM
| Como fazias a conexão entre teu fascínio pelos Beats e o Surrealismo? Breton
defendia a existência de um “livre pensamento integral”. Os Beats também? Quais
eram os pontos em comum?
TRC
| Sim, era “pensamento livre integral”, como você chama, que era a coisa mais
importante para mim em termos tanto da literatura beat quanto do Surrealismo
francês. No lado beat, era essencialmente a máxima do “primeiro pensamento, o melhor
pensamento”, postulada por Kerouac, que foi algo crítico pra mim. No lado
francês, Breton levou esta máxima um pouco mais longe, e dogmaticamente, para
dentro do subconsciente, com restrições quanto ao conteúdo que era “do mundo”.
Penso que ele estava mais interessado nos outros mundos do que naquele em que
estava vivendo. E seu Manifesto era uma tentativa de impor essa perspectiva a
seus companheiros de Surrealismo, e ao mundo em geral. Sua percepção era bem
diferente daquela de Yvan Goll, que escreveu seu manifesto do surrealismo no
mesmo mês que Breton, e cujo foco estava na realidade e no mundo natural, e não
nos sonhos e no subconsciente como pontos de partida. Minha percepção de Breton
é de que estava vivendo a maior parte do tempo em sua cabeça, e não no mundo
real.
FM
| Você fala em uma relação com a tradição céltica, um tema que teria dado a
você uma maior intensidade entre voz e texto. Um poeta como Robert Graves despertou
algum interesse para a tua poesia? Além da aproximação aos Beats, quais eram os
poetas que você mais lia?
TRC
| Deixe-me começar por responder a segunda parte da tua questão, primeiro,
conforme ela se relaciona com tua questão anterior. Minha descoberta dos beats
foi para mim o “sinal para acordar” quando eu estava ainda na minha
adolescência. Logo depois, descobri a poesia de Yevgeny Yevtushenko e Andrei
Voznesensky na Rússia. Eles estavam, mais ou menos, escrevendo numa voz e numa
tradição similares às dos Beats. Ao pesquisar mais sobre esses dois poetas,
também descobri muitos poetas russos de uma geração anterior. Maiakovsky,
Esenin, Khlebnikov, Krushchenek, Pasternak, Mandelstam. E entre as mulheres:
Akhmatova, Tsvetayeva e Akhmadulina. Os “futuristas” russos, especialmente,
captaram a minha atenção.
Por volta desta mesma
época, eu estava descobrindo a obra dos franceses. Rimbaud, Baudelaire,
Lautréamont, Bachelard, Voltaire, Fournier, Balzac, Artaud. Estes escritores
franceses, juntamente com os pintores surrealistas franceses, tiveram para mim
uma influência maior que Breton ou os escritores surrealistas.
Assim, esta trindade de russos, franceses e beats é
realmente o que formou minha própria oeuvre
bem no início, e ainda apresenta certa importância, mesmo hoje.
Assim como a tradição
céltica. É algo que tenho recentemente preferido visitar. Fiz minha primeira
viagem para o País de Gales em 1993 – para visitar a cidade natal de Dylan
Thomas, quem considero ser o maior poeta do século 20 que escreveu em língua
inglesa. Esta viagem para Laugharne foi algo como que uma peregrinação para
mim. Durante essa primeira visita, fiquei exposto à amplitude e à profundidade
da tradição literária gaulesa, e fui arrebatado por isso. Tive a oportunidade
de me encontrar com um dos maiores poetas/escritores contemporâneos gauleses,
Bobi Jones. Bobi Jones me pôs na trilha tanto de outros poetas gauleses, quanto
na de livros sobre a tradição gaulesa. Foi a minha introdução inicial às coisas
célticas.
De lá, eu fui, em 1995 até
a Escócia (onde tudo de minha ascendência se origina). Encontrei-me com poetas
contemporâneos tais como o poeta escocês gaélico Aonghas MacNeacail em
Edinburgh, e com Tessa Ransford na Scottish Poetry Library. A partir desses encontros
comecei meu estudo de tradições escocesas e da língua escocesa gaélica.
Nesse mesmo ano, passei
pela Irlanda. Tive contatos com pessoas no Poetry Ireland e visitei várias
livrarias tanto em Dublin quanto, no oeste, em Galway. Depois de muitas
leituras e depois de muitos Guinness (uísque escocês), eu estava desligado e
correndo. Dois anos mais tarde e mais duas viagens para o País de Gales,
Escócia e Irlanda, e tinha coletado, editado e publicado a primeira antologia
bilíngue contemporânea que abrangia poetas de línguas célticas das comunidades
célticas do País de Gales, Irlanda, Escócia e Bretanha, Cornwall e a Ilha de
Man. Esta antologia foi um grande sucesso nos países célticos, conforme ela
unificava com sucesso os clãs – algo que nem mesmo o belo Príncipe Charles pôde
fazer! O livro é usado, agora, como livro-texto em vários programas de estudos
célticos de universidades nos EUA e no Canadá.
O que eu tirei de tudo isto
foi principalmente um amor pelo verso lírico, e ter incorporado este elemento à
minha própria obra.
FM
| Como era tua convivência com a música? Que tipo de música? E como a tua
poesia se beneficiava com esta convivência?
TRC
| Enquanto minha obra ficava mais lírica seguindo minhas viagens para as ilhas
britânicas, descobri que a ideia da tradição bárdica me despertava interesse.
Nos tempos antigos, nessas tradições célticas, a poesia era recitada muito frequentemente
com acompanhamento musical. Eu queria explorar isto e dar à minha poesia uma
sonoridade maior e mais completa. Em 1991, formei uma banda de música e comecei
a fazer performances de poesia falada com música. No processo, criei um selo
musical (Fern Hill Records) dedicado exclusivamente à colaboração de poesia e
música. Tenho produzido, agora, vários discos neste gênero – usando minha
própria obra e a obra de outros poetas, também. Mais recentemente minha banda,
The Boatrockers e eu, realizamos um tipo de música do oriente médio para
acompanhar minhas traduções do poeta sufi Hafiz, do século XIV. Mas nós também,
na ocasião, nos aventuramos em outras áreas musicais, bem como na poesia
política – que parece necessária para mim, dado o clima político dos EUA no
presente momento.
FM
| Falas de tua escritura como um processo espontâneo. É possível aqui falar em
uma exploração sistemática e apaixonada do inconsciente, como defendia o
Surrealismo? A tua ideia de uma escritura automática foi dada primeiramente por
Kerouac?
TRC
| Como mencionei antes, a máxima de Kerouac “primeiro pensamento, o melhor
pensamento” era, e é uma máxima que tenho seguido. Poesia, para mim, sempre
esteve às voltas com “a mágica”. O processo, bem como o produto, é um mistério.
De onde ela vem e até mesmo sobre o que ele (o poema) é, é parte desta mágica,
deste mistério. Em essência apenas abri as janelas e as portas e o deixei (o
poema) entrar. Não sei se meus poemas vêm do inconsciente ou do mundo exterior.
Tudo que sei é que eles entram em mim e me atravessam vindos de um “outro”
lugar. Breton e os surrealistas falam muito sobre o “outro”. Não está claro o
que o “outro” é, mas definitivamente não é a mente racional. A mente racional é
o criador da prosa. Poesia não é prosa. Jack Hirschman, poeta da geração Beat e
um dos meus mentores desde meus anos em São Francisco, durante os 1970s,
escreveu um ensaio há algum tempo intitulado “No such thing as prose”. Ali ele
tentou delinear as diferenças entre prosa e poesia. Ao final, tomou partido
pela poesia como o mais genuíno veículo para a transmissão de ideias por meio
da linguagem. Concordaria com ele nesta passagem. Embora eu escreva uma boa quantidade
de prosa nestes dias para garantir minha sobrevivência, quando escrevo poesia é
um processo inteiramente diferente do que quando estou (conscientemente) escrevendo
prosa.
FM
| As leituras em público antecedem, em teu caso, a publicação de poemas em
revistas ou livros? O contato direto com o público de alguma maneira despertou
em ti uma fascinação pelo teatro?
TRC
| Às vezes, meus poemas aparecem em publicações antes de eu os apresentar
realmente em público. E às vezes não. Não tenho fórmulas estabelecidas para
tudo isso. Muito disso está fora do meu controle – o tempo de tais coisas.
Posso te contar que, ao mostrar meus poemas em público, há um processo orgânico
de edição que toma boa parte do tempo. Aprendi isto de Lawrence Ferlinghetti,
que frequentemente lê um novo poema em público e o edita direto no lugar. Ele
está interessado em como o seu ouvido percebe as coisas conforme elas são
faladas. Eu cheguei a fazer a mesma coisa. Se algo em um novo poema soa
estranho na leitura, eu frequentemente mudo ou, mais tarde, na revisão da
composição, acabo por eliminar.
Durante os anos 1970 em São
Francisco, que é onde eu realmente aparei minhas arestas como um poeta público,
eu levei minha não-doutrinação e minha iniciação para o lado teatral do
trabalho do poeta. Eu era tímido e inexperiente na performance pública, no início,
mas quanto mais eu lia em público mais fácil ficava. E quanto mais fácil
ficava, mais experimental era minha abordagem disso tudo. Jack Hirschman tinha
traduzido um volume de obras de Artaud, e estava mais ou menos atuando a partir
das noções de Artaud de absurdo e de teatro político em sua vida diária. Suas
aparições e suas performances de poesia eram revitalizantes, elétricas. Aprendi
muito apenas por estar por perto e por observar o Jack. Aprendi muito sobre
projetar a voz ao observá-lo e escutá-lo. Isto tem servido bem para mim, pois
nos últimos anos eu me tornei mais e mais um performer público com bandas cada
vez maiores. Quando possível, nós combinamos formas de arte e nossas
performances são multimídia. No espírito da noção de Wagner “Gesamtkunstwerk”
(obra de arte total), frequentemente as performances dos The Boatrockers
incluirão não apenas músicas e língua falada, mas iluminações visuais,
projeções, e danças ao vivo, também. Neste sentido, poesia se tornou teatro,
como você sugere.
FM
| Hoje é possível falar em uma família literária em relação à tua poesia ou
este é um tema que não te desperta interesse?
TRC
| Eu sou muito mais um renegado, um fora-da-lei, como poeta. Pelo menos é assim
que passei minha vida poética nestes últimos 25 anos, desde que deixei São
Francisco e meu trabalho com o grupo da revista Beatitude e os beats.
Todavia, ainda me considero fazendo parte dessa “família”, como você chama, e
parte da tradição beat. Embora eu não goste de rótulos, e não seja propenso a
me juntar a grupos, mantenho uma lealdade a essa tradição e a esses poetas com
quem fiz amizade durante os anos 1970, e que permaneceram meus amigos. Acredito
que o movimento beat foi mais que um lampejo que só aconteceu durante um
período curto entre um pequeno grupo nos anos 1950. Minha geração foi
diretamente influenciada pelos beats. Especialmente aqueles entre nós que
estavam vivendo em São Francisco e convivendo com eles, trabalhando com eles em
projetos de publicação e atuando com eles em leituras públicas. Suas ideias e
valores literários foram literalmente transmitidos de mão em mão para nós, “Baby
Beats”, durante os anos 1970, e, agora, repassamos esses valores, essa tradição
para toda uma geração de “grandbaby beats”, se você achar melhor. Assim, a
coisa está progredindo. Ou, como diz o ditado: “the Beat goes on…”
FM
| É possível se falar em Baby Beats como um movimento com características
próprias? Ou esta denominação expressa apenas um desdobramento da geração anterior?
TRC
| Eu não diria que o grupo que foi designado como os Baby Beats era um
movimento consciente, em e de si mesmo, mas antes, uma continuação do movimento que foi iniciado nos anos 1950
pelos Beats. Em termos de tradição literária – após a geração Beat dos anos 50
– nós somos a geração seguinte, surgida nos anos 1970. Há um vínculo bem
definido, físico, ideológico e literário entre os Beats e os Baby Beats. Como
sói acontecer, o futuro nos dará uma identidade. Talveza história venha a
definir nosso trabalho como um movimento,
nunca se sabe. Na realidade, éramos apenas um grupo de poetas trabalhando para
ser poetas e não pensando sobre o futuro e nosso suposto legado.
FM
| Em uma entrevista que fizeste ao Philip Lamantia perguntas a ele sobre o
Grupo Surrealista de Chicago. Eu gostaria de saber a tua opinião acerca das
atividades deste grupo. Um outro poeta que em certo momento esteve ligado ao
grupo é Allan Graubard. Ele considera este grupo demasiado ortodoxo. Pensas a
mesma coisa?
TRC
| Não tenho muito conhecimento sobre o Grupo Surrealista de Chicago a partir de
qualquer experiência de primeira mão ou de conexões. O que eu conheço é o que
ouvi de pessoas como Philip Lamantia, Stephen Schwartz, Ken Wainio, Jerry
Estrin (com exceção de Stephen Schwartz, os outros 3 já morreram) e o que eu li
em suas publicações e na mídia em geral. Minha percepção é que eles estão
filosoficamente vinculados a Breton e aos surrealistas franceses, mas são idependentes
em todos os outros sentidos. Parecem ser muito políticos, e ter inclinações
para o Socialismo, até mesmo para o Anarquismo. São certamente o grupo
literário surrealista com maior visibilidade nos EUA e nesse sentido o mais
influente. Lamantia foi um “membro” durante um tempo, porém um tempo depois
retirou-se. Então, deve ter havido algo no Grupo de Chicago de que ele não
gostou ou do qual discordava. Mas então, de novo, ele pododeria ter sido, de
toda maneira, uma pessoa de convivência muito difícil.
FM
| Lamantia observa que no Surrealismo tudo começa com o sagrado, com a premissa
de que todo poeta individualmente procura o velocino
de ouro em si mesmo. O que procura Thomas?
TRC
| Eu penso que teria que concordar, amplamente, com o ponto de vista de Lamantia,
aqui. Eu não comecei como poeta pensando que tudo começava com o sagrado, mas
com o decorrer do tempo eu passei a acreditar que, no fim, é o que é o mais
importante. Que a poesia é parte de um ato sagrado, e tem implicações sagradas.
Eu diria que, embora eu ame escrever poesia pelo puro prazer do ato, ao se
levar em consideração o resultado, eu esperaria que meus poemas contivessem,
aos olhos de meus leitores, algo de sagrado. E, sim, está tudo em torno da
busca pelo “velocino” de ouro dentro de mim mesmo. Já que a verdadeira busca do
poeta é encontrar a si mesmo ou a si mesma e encontrar o “ouro” (num sentido
metafísico) na natureza de uma pessoa – para penetrar nesse veio e minerá-lo (escrever)
em benefício de todos, não apenas para si mesmos.
FM | É possíval comparar as duas fases da revista Beatitude, dos anos 1950 e 1970?
TRC
| Em muitos sentidos, você provavelmente não poderia distingui-las, a não ser
pelo fato de que alguns dos colaboradores dos anos 1950 não apareceram na
versão dos anos 1970. O visual, (impressão por mimeógrafo; encadernação
grampeada; imagens na capa etc.) e o conteúdo (poemas etc.) eram muito
similares em ambas as edições da revista. Muitos dos Beats (Ferlinghetti,
McClure, Norse, DiPrima, Meltzer, Kaufman, Ginsberg, Snyder, Brautigan, Corso
etc.) foram também publicados na edição da década de 1970, já que todos eles
estavam na cena de São Francisco durante esses anos. Nós queríamos que a
revista permanecesse a mesma – e tivesse o mesmo visual, fosse quase de graça
etc., ao invés de ser uma publicação em papel lustroso. Isto seria manter-se
com a tradição e o começo da primeira Beatitude.
Ficávamos muito orgulhosos das edições que saíram nos anos 1970, e éramos
capazes de distribuí-las para livrarias por todos os EUA e Canadá, e até mesmo
para alguns lugares no Reino Unido. Assim, a distribuição era bastante
espalhada por uma vasta área, e, como eles dizem, estávamos “levando a palavra
para fora”. Ou como um Marshall McCluhann disse: “O meio é a mensagem”.
FM
| Além de Lamantia, que outros poetas surrealistas nos Estados Unidos
consideras importantes?
TRC | Os dois poetas que
conheço melhor são Ken Wainio e Jerry Estrin. Todos os dois viviam em São
Francisco quando eu estava lá durante os anos 1970. Jerry Estrin foi o editor
fundador de uma revista surrealista chamada Vanishing
Cab, que, para a grana de que eu dispunha, era a melhor publicação
surrealista dos EUA durante esses anos. Ele e Ken Wainio tiveram um livro de
poemas em conjunto publicado pela Sternum Press durante os anos 1970 chamado My Nakedness Creates You [A minha nudez
te cria]. Jerry, que foi um motorista de táxi durante os anos que passou em São
Francisco, chegou a publicar mais quatro livros de poesia antes de morrer aos
47 anos em 1993.
Ken Wainio, sendo um jovem
poeta em São Francisco nos anos 1970, que também garantiu seu sustento
trabalhando de motorista de táxi, foi reconhecido e aclamado por causa de seus
primeiros poemas, tanto por Philip Lamantia quanto por Nanos Valaoritis. Ele
fazia parte das oficinas de Harold Norse, onde a maioria dos Baby Beats
originalmente se encontrava e começou a trabalhar junto. Ele foi procurado pelo
Grupo Surrealista de Chicago, mas não se juntou a eles. Escrevendo uma poesia
surrealista que era densa de conteúdo mítico (especialmente egípcio e
micênico), sua obra é considerada por muitos como sendo uma mistura singular de
humor, sátira e séria observação histórica. Seu primeiro livro solo intitulado Crossroads of the Other, publicado em
1993 pela Androgyne Books em São Francisco, é considerado agora um clássico.
Nos últimos anos ele escreveu mais prosa que poesia, incluindo três romances,
sendo que apenas um deles (Starfuck)
foi publicado antes de sua morte prematura em janeiro deste ano (2006).
Wainio e Estrin estavam envolvidos
com a revista Beatitude. Wainio
editou a edição #26 que saiu em 1976.
O outro poeta surrealista
que me vem à mente é Franklin Rosemont, que é o fundador e a figura central do
Grupo Surrealista de Chicago. Ele é também o fundador da editora Black Swan
Press. Desde o final dos anos 1960, ele tem sido uma voz útil e sincera da posição
surrealista nos Estados Unidos. E ainda permanece, após quase 40 anos, sendo um
firme poeta e ativista surrealista.
Tenho certeza de que há
outros que poderíamos citar, mas na minha cabeça estes três são os mais
importantes, no sentido de que suas obras irão igualmente resistir ao teste do
tempo.
FM
| Nós esquecemos algo?
TRC
| Não, acho que cobrimos todas as bases. Ao menos fizemos o bastante para dar a
teus leitores um pouco de alimento para o pensamento. Agradeço-te pelo
interesse em meu trabalho e dos Baby Beats. É muito excitante saber que haverá
agora um público para nosso trabalho no Brasil e na língua portuguesa. Espero
que tenhamos muitas outras oportunidades futuras de novas conversas similares.
[2006]
NOTA
Thomas Rain Crowe (Estados Unidos, 1949). Poeta, tradutor
e editor-chefe da New Native Press. Durante os anos 1970 foi diretor do
primeiro festival internacional de poesia de São Francisco (1976) e editor da
revista e da editora Beatitude. Organizou as antologias Writing
The Wind: A Celtic Resurgence (The New Celtic Poetry) (1998) e The
Baby Beats & The 2nd São Francisco Renaissance (2005). Publicou The Personified Street (1993), Water
From The Moon (1995), e Poems From
Zoro’s Field (2005). Entrevista realizada em
julho de 2006, originalmente publicada em Agulha
Revista de Cultura # 53. Fortaleza/São Paulo, setembro de 2006. Tradução de
Eclair Antonio Almeida Filho.
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